Nesta era de rápido desenvolvimento da inteligência artificial, a forma como as máquinas compreendem e "veem" o mundo tem sido um foco de pesquisa para os cientistas. Recentemente, um estudo publicado na revista Nature Machine Intelligence revelou um novo método: a construção automática de mapas cognitivos usando codificação preditiva visual (visual predictive coding). Isso não é apenas um grande avanço no campo da inteligência artificial, mas também nos proporciona uma compreensão mais profunda de como as máquinas simulam a percepção visual humana.

No cérebro humano e de outros mamíferos, existe uma representação neural especial: o mapa cognitivo. Essa estrutura neural interna nos ajuda a navegar, planejar rotas e até mesmo construir uma representação mental do ambiente ao nosso redor. No entanto, como esse mapa cognitivo é formado tem sido um mistério na neurociência.

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O cerne desta pesquisa é uma técnica chamada codificação preditiva visual. Simplificando, é um método que permite que as máquinas aprendam a estrutura do ambiente prevendo as entradas sensoriais futuras. Através desse método, as máquinas podem aprender com experiências passadas e prever o que pode acontecer a seguir.

Os pesquisadores simularam esse processo construindo um modelo de rede neural. Esse modelo consegue construir automaticamente um mapa cognitivo do ambiente a partir de uma única imagem, com alta precisão e consistência. É como se as máquinas tivessem recebido um "cérebro", permitindo-lhes compreender e perceber o mundo como os humanos.

Para verificar a eficácia desse método, os pesquisadores realizaram uma série de experimentos em um ambiente virtual. Eles construíram um ambiente simulado e permitiram que a máquina explorasse e aprendesse nele. Os resultados mostraram que a máquina não apenas conseguiu construir com precisão um mapa cognitivo do ambiente, mas também conseguiu navegar de forma eficaz em cenários complexos.

Os resultados desta pesquisa trazem infinitas possibilidades para o campo da inteligência artificial. No futuro, poderemos ver robôs mais inteligentes, capazes de compreender melhor as instruções humanas e executar tarefas complexas com mais precisão. Essa tecnologia terá um enorme potencial em áreas como casa, saúde, educação e outras.

Com o aprofundamento desta pesquisa, temos razões para acreditar que a inteligência artificial se aproximará cada vez mais da capacidade cognitiva humana. As máquinas deixarão de simplesmente executar comandos e serão capazes de realmente compreender, aprender e se adaptar. Isso não é apenas um avanço tecnológico, mas também uma exploração profunda da essência da inteligência humana.

Endereço do artigo: https://www.nature.com/articles/s42256-024-00863-1