Sam Altman, CEO da OpenAI, fez um apelo por uma aliança internacional liderada pelos EUA para garantir que a inteligência artificial (IA) seja uma ferramenta de liberdade e democracia, e não uma ferramenta para regimes autoritários manterem o poder e controlar as pessoas.

Em um artigo de opinião no Washington Post, Altman, bilionário CEO da OpenAI, escreveu que "quem controlará a inteligência artificial" é "a questão premente de nossa época", mais urgente do que as mudanças climáticas e a desinformação política — problemas aos quais ele e seus parceiros de IA estão, sem dúvida, contribuindo.

Humanos e robôs em conflito

Fonte: Imagem gerada por IA, serviço de licenciamento Midjourney

Ele argumenta que precisamos garantir que o mundo ocidental, liderado pelos EUA, domine esse campo. Somente pessoas mal-intencionadas interpretariam o apelo à ação de Altman como uma mera tentativa de proteger sua OpenAI, sediada na Califórnia, da concorrência chinesa.

Altman afirma: "Não há uma terceira opção; é hora de decidir qual caminho seguir". Ele diz: "Os EUA estão atualmente na liderança do desenvolvimento de IA, mas... governos autoritários em todo o mundo estão dispostos a investir pesadamente para alcançar e, eventualmente, superar os EUA."

Altman acredita que esses regimes usarão os benefícios potenciais da IA ​​na ciência, saúde e educação para manter o controle do poder, apontando especificamente a Rússia e a China como ameaças. Ele alerta que, se isso for permitido, "eles forçarão empresas americanas e de outros países a compartilhar dados de usuários... monitorar seus próprios cidadãos ou criar armas cibernéticas de próxima geração para usar contra outros países."

Altman diz que "o primeiro capítulo da IA ​​já foi escrito", referindo-se a "assistentes limitados" como o ChatGPT e o Microsoft Copilot. Ele acrescenta: "Mais avanços virão em breve e iniciarão um período decisivo na história da sociedade humana. Se quisermos garantir que o futuro da IA ​​beneficie o maior número possível de pessoas, precisamos de uma aliança global liderada pelos EUA e uma nova estratégia inovadora para alcançar esse objetivo". Altman acrescenta que essa estratégia precisa incluir quatro aspectos: melhorar a segurança da IA; construir a infraestrutura necessária para os modelos de IA mais recentes e avançados; desenvolver uma "política externa de IA"; e garantir que novas normas sejam estabelecidas para o desenvolvimento e implantação da IA.

Altman diz que ele prevê que uma futura força de liberdade de IA desempenhará um papel semelhante ao da Agência Internacional de Energia Atômica. Ou, ele sugere, uma organização semelhante à ICANN poderia ser adotada.

Pontos importantes:

🔹 Sam Altman apela por uma aliança internacional liderada pelos EUA para garantir que a IA seja uma ferramenta de liberdade e democracia, e não uma ferramenta para regimes autoritários manterem o poder e controlar as pessoas.

🔹 Altman acredita que governos autoritários usarão os benefícios potenciais da IA ​​para manter o controle do poder, apontando especificamente a Rússia e a China como ameaças.

🔹 Altman propõe uma estratégia de quatro pontos, incluindo melhorar a segurança da IA, construir infraestrutura, desenvolver uma política externa e garantir que novas normas sejam estabelecidas para o desenvolvimento e implantação da IA.