Recentemente, o grupo editorial internacional Condé Nast e a OpenAI anunciaram um acordo de cooperação plurianual para explorar como o conteúdo das marcas da Condé Nast, incluindo Vogue, GQ, Wired e The New Yorker, pode ser exibido em produtos de inteligência artificial. Os termos financeiros específicos do acordo não foram divulgados, mas a iniciativa marca uma estreita colaboração entre as duas empresas nas áreas de conteúdo digital e inteligência artificial.
Nota da imagem: Imagem gerada por IA, serviço de licenciamento de imagens Midjourney
A OpenAI tem assinado uma série de acordos de cooperação semelhantes nos últimos anos, com parceiros como a revista Time, o Financial Times, a Axel Springer (proprietária do Business Insider), o jornal francês Le Monde e a espanhola Prisa Media. Por meio desses acordos, a OpenAI obteve acesso a vastos arquivos de texto dessas editoras, essenciais para treinar modelos de linguagem grandes como o ChatGPT e obter informações em tempo real.
Vale destacar que a OpenAI lançou em julho deste ano seu mecanismo de busca impulsionado por inteligência artificial, o SearchGPT, que pode acessar informações da internet em tempo real, entrando gradualmente no mercado de mecanismos de busca dominado pelo Google. A parceria com a Condé Nast permitirá que o SearchGPT cite artigos da Condé Nast nos resultados de busca, enriquecendo ainda mais a experiência do usuário.
Brad Lightcap, diretor de operações da OpenAI, afirmou que a empresa se compromete a colaborar com a Condé Nast e outras editoras de notícias para garantir a precisão, a integridade das informações e o respeito por reportagens de alta qualidade em um cenário de crescente participação da inteligência artificial na descoberta e disseminação de notícias.
Paralelamente, Roger Lynch, CEO da Condé Nast, mencionou em uma entrevista ao New York Times que essa parceria ajudará a compensar a apropriação de receita das editoras por empresas de tecnologia nos últimos anos. Ele enfatizou que a inteligência artificial generativa está mudando a forma como as pessoas acessam informações, sendo necessário conectar-se com o público e utilizar novas tecnologias, garantindo ao mesmo tempo a atribuição adequada e a compensação pelos direitos de propriedade intelectual.
No entanto, nem todas as empresas de mídia estão adotando essa abordagem de cooperação. Organizações como o New York Times e o Intercept optaram por meios legais para proteger seus interesses, tendo atualmente processos judiciais contra a OpenAI em andamento.
Destaques:
🌟 A OpenAI e a Condé Nast firmaram uma parceria plurianual, com conteúdo integrado a produtos de IA.
📰 A OpenAI obteve acesso a vastos arquivos de texto de várias editoras, usados para treinar modelos de linguagem grandes.
⚖️ Algumas empresas de mídia, como o New York Times, optaram por processar a OpenAI para proteger seus direitos.