A rede social X (anteriormente conhecida como Twitter) atualizou sua política de privacidade na quarta-feira, indicando que permitirá que terceiros “colaboradores” usem dados do X para treinar seus modelos de IA, a menos que os usuários optem por não participar. Essa mudança pode colocar o X na mesma linha de outras plataformas de mídia social e organizações de mídia, considerando a possibilidade de licenciar dados para empresas de inteligência artificial como uma potencial nova fonte de receita.
Na política de privacidade atualizada, o X adicionou um parágrafo detalhando como os dados dos usuários do X são usados e como os usuários podem optar por não participar. No entanto, atualmente, a seção “Privacidade e Segurança” nas configurações não oferece uma opção clara de desistência, possivelmente porque a política de privacidade atualizada só entrará em vigor em 15 de novembro, quando a opção de desistência poderá ser adicionada.
Além disso, o X removeu um trecho que indicava que retinha as “informações e conteúdo do perfil do usuário pelo período de validade da conta”, e que retinha outros “dados pessoais coletados durante o uso de nossos produtos e serviços por até 18 meses”. Em vez disso, o novo capítulo explica que o X “reterá diferentes tipos de informações por diferentes períodos, dependendo de quanto tempo precisamos reter as informações para fornecer nossos produtos e serviços, cumprir nossos requisitos legais e por motivos de segurança”.
A política de privacidade atualizada do X também adicionou uma nova seção sobre “multas”, estipulando que qualquer organização que coletar seu conteúdo incorrerá em responsabilidade por danos. Especificamente, “solicitar, visualizar ou acessar mais de 1.000.000 de posts (incluindo respostas, posts de vídeo, posts de imagem e qualquer outro post) em um período de 24 horas”, o X afirma que a organização será cobrada US$ 15.000 por cada 1.000.000 de posts.
Essa mudança pode ser uma resposta à necessidade do X de novas maneiras de pagar suas contas, especialmente com a saída e o boicote de anunciantes e a ausência do lançamento de recursos de assinatura.