No início do ano, havia ampla preocupação sobre como a inteligência artificial generativa poderia interferir em eleições globais, espalhar propaganda e desinformação. No entanto, um relatório recente da Meta mostra que essas preocupações não se concretizaram em sua plataforma. A Meta afirma que o impacto da inteligência artificial generativa em informações relacionadas a eleições foi mínimo em plataformas de mídia social como Facebook, Instagram e Threads.

Robô de IA jogando videogame

Observação da fonte: Imagem gerada por IA, provedor de serviços de licenciamento de imagens Midjourney

De acordo com a pesquisa da Meta, o relatório abrangeu eleições importantes em vários países e regiões, incluindo Estados Unidos, Bangladesh, Indonésia, Índia, Paquistão, Parlamento Europeu, França, Reino Unido, África do Sul, México e Brasil. A Meta observou que, embora tenha havido alguns casos confirmados ou suspeitos de uso de inteligência artificial durante as eleições, o número total permaneceu baixo, e as políticas e processos existentes foram suficientes para mitigar os riscos apresentados pelo conteúdo de IA generativa. O relatório mostra que, durante as eleições mencionadas, o conteúdo de IA relacionado a eleições, política e assuntos sociais representou menos de 1% das informações falsas verificadas.

Para evitar imagens deepfake relacionadas a eleições, o gerador de imagens Imagine AI da Meta rejeitou quase 590.000 solicitações de criação envolvendo Trump, a vice-presidente Harris, o governador DeSantis e o presidente Biden no mês anterior ao dia da eleição. Além disso, a Meta também descobriu que contas online que tentavam espalhar propaganda ou desinformação tiveram apenas um leve aumento na produtividade e na geração de conteúdo usando IA generativa.

A Meta enfatizou que o uso de IA não prejudicou sua capacidade de combater essas operações de influência encobertas, pois a empresa se concentra no comportamento dessas contas, não no conteúdo que elas publicam, independentemente de ter sido gerado por IA. Além disso, a Meta anunciou que removeu globalmente cerca de 20 novas operações de influência encoberta para evitar interferência estrangeira. A maioria das redes atingidas não tinha público real, e algumas até mesmo apresentavam uma popularidade falsa por meio de curtidas e seguidores falsos.

A Meta também culpou outras plataformas, afirmando que vídeos falsos relacionados às eleições americanas costumam aparecer em plataformas como o X. A Meta disse que, ao resumir o que aprendeu este ano, continuará revisando suas políticas e anunciará quaisquer alterações nos próximos meses.

Destaques:

📰 O relatório da Meta mostra que o conteúdo de IA representou menos de 1% das informações falsas relacionadas a eleições.

🚫 O gerador de imagens Imagine AI rejeitou quase 590.000 solicitações de imagens deepfake.

🌍 A Meta combateu globalmente cerca de 20 redes de influência encoberta para evitar interferência estrangeira.