Uma característica amplamente considerada uma falha da inteligência artificial – a "alucinação" – tornou-se a chave para uma descoberta científica. De acordo com a revista Fortune, o professor David Baker, um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 2024, utilizou a "alucinação" de um modelo de IA para alcançar um avanço científico significativo.

O professor Baker, da Universidade de Washington, é o único cientista americano entre os três laureados com o Prêmio Nobel de Química deste ano. Ele utilizou um software de computador para inventar com sucesso novas proteínas, uma conquista que lhe rendeu a premiação.

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Nota da imagem: A imagem foi gerada por IA, com direitos de uso fornecidos pela Midjourney.

Normalmente, a "alucinação" dos modelos de IA – a tendência de gerar informações falsas ou imprecisas – é considerada um defeito grave. No entanto, a visão da comunidade científica sobre essa característica está mudando. Os pesquisadores descobriram que esses "erros criativos" da IA podem, na verdade, estimular novas ideias de pesquisa e impulsionar descobertas científicas.

Este caso subverte a compreensão tradicional das limitações da IA, mostrando que mesmo as deficiências dos sistemas de IA podem se transformar em uma fonte de inovação em determinadas circunstâncias. Os cientistas apontam que a capacidade de "alucinação" da IA pode abrir novos caminhos de pesquisa e auxiliar em futuras descobertas científicas.