A Apple está prestes a realizar sua assembleia anual de acionistas na terça-feira desta semana, horário do Pacífico, onde discutirá importantes direções futuras da empresa. Desde a eleição do presidente Trump, a Apple tem resistido ao ativismo acionário agressivo, ao mesmo tempo em que defende firmemente suas políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). No entanto, essas políticas, e sua parceria com a OpenAI, estão se tornando um foco de atenção para grupos conservadores.
Na assembleia, os acionistas da Apple votarão sobre uma proposta do Centro Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas (NCPPR) que exige que a Apple abandone suas políticas de DEI, argumentando que recentes decisões da Suprema Corte dos EUA podem expor a empresa a riscos legais. Uma proposta separada exige que a Apple publique um relatório detalhando como sua estratégia de inteligência artificial garante conformidade ética, alertando sobre potenciais riscos de privacidade e segurança de dados em sua parceria com a OpenAI.
A Apple se opõe às duas propostas e espera que elas não sejam aprovadas. Isso se deve em grande parte ao fato de que seus principais acionistas, BlackRock e Vanguard, tendem a evitar o ativismo acionário politicamente motivado. No entanto, mesmo que essas propostas não sejam aprovadas, elas podem ter um efeito cascata. Por exemplo, em janeiro deste ano, os acionistas do Costco rejeitaram uma proposta semelhante de DEI por uma margem esmagadora, levando 19 procuradores-gerais republicanos a enviar uma carta à empresa instando-a a encerrar as políticas.
A posição da Apple atraiu muita atenção. Como gigante da indústria de tecnologia, a Apple está sob pressão enquanto promove a diversidade. Esta assembleia de acionistas não é apenas uma oportunidade para a Apple demonstrar sua responsabilidade social, mas também uma resposta às críticas externas. Como a Apple poderá equilibrar suas políticas internas com os interesses dos acionistas e sua imagem pública no futuro será uma questão a ser observada.